sexta-feira, 31 de outubro de 2014

A barreira dos 30 kms da maratona

Bom dia meus amigos.

Lendo agora pela manhã algumas publicações no FACEBOOK li essa reportagem e achei muito interessante principalmente, por ter participado recentemente de uma Maratona. Uma prova, muito mal organizada pela Yescom e, nessa reportagem é tratado exatamente da barreira dos 30KM onde, a maioria dos amigos do CORRAMEU que fizeram a MARATONA sentiram alguma dificuldade.

Vale a pena ler.

A Barreira dos 30 Kms da Maratona
Autor: Vitor Dias
Fonte: Artigo publicado no Site Atletas.net e retirado do site correrporprazer.com

A importância de se ingerir líquidos regularmente, tanto durante o treino como nas competições.

Nas provas de longas distâncias como a Maratona, é muito comum encontrarmos atletas que, durante boa parte do percurso correm viva satisfação. Parece que não sentem o calor, as passadas são mais seguras, o ritmo é constante mas, repentinamente, quase que sem explicação os braços tornam-se pesados  e as pernas movem-se com dificuldade; a musculatura contrai-se dolorosamente, o ritmo diminui drasticamente e cada passo a mais transforma-se num suplício.

Esta situação, que ocorre frequentemente entre os corredores de longas distâncias, é um fenómeno fisiológico conhecido pelos maratonistas como a "barreira dos 30km".

O que determina o surgimento dessa "barreira" é a duração do esforço (longo tempo para terminar a prova) e a intensidade do mesmo ritmo (ritmo muito forte), além das condições atmosféricas.

Portanto, as razões para o surgimento da "barreira" podem ser provocadas por três motivos distintos:
A falta de glicose circulante
A falta de glicogênio muscular
Super aquecimento do organismo

No primeiro caso, os atletas são atingidos após 2 ou 3 horas de corrida, quando a glicose circulante na corrente sanguínea é consumida pelos músculos para obtenção de energia. Isso provoca um tipo de hipo glicemia, ou seja, uma diminuição da quantidade de glicose circulante, falta "combustível" e o atleta é obrigado  a diminuir a velocidade e, na maioria das vezes, até abandonar a competição.

Os atletas mais lentos são os mais atingidos pela hipo glicemia, pois ainda não possuem um nível adequando de preparação  que lhes permita grandes desempenhos em provas de longa duração, levando horas para terminarem a prova e, quanto mais demorarem a percorrer o percurso, maiores se tornam as dificuldades. Podem até ir longe, mas sofrerão com dificuldades o efeito da falta de glicose.

Entretanto, a hipo glicemia pode ser evitada, desde que o atleta inicie a prova  com suas reservas de glicogénio hepático em alta (o fígado armazena  glicogénio e quando necessário, transforma-o  em glicose para a manutenção dos níveis glicéricos na corrente sanguínea).

A segunda causa da "barreira" é a mais frustrante de todas. Ela atinge justamente atletas mais rápidos, e ataca sem aviso prévio. Esses atletas, devido ao ritmo competitivo forte, acabem por utilizar as suas reservas musculares de glicogénio para obtenção da energia, esgotando-as precocemente.

Quando as reservas  de glicogénio se esgotam nos músculos em actividade, nada mais há a fazer. A velocidade diminui repentinamente e o atleta que vinha tão bem, acaba por desistir.

A falta de glicogênio muscular, porém, pode ser solucionada através do treino bem orientado e de uma dieta alimentar que forneça diariamente quantidade ideais de carboidratos (pelo menos 60% a 65% do valor energético total).

O super aquecimento é a terceira causa da "barreira", é a mais perigosa para a saúde do atleta. A elevação da temperatura corporal pode realmente ameaçar a vida dos atletas. Assim, disputar uma competição em condições climáticas inadequadas, onde a temperatura ambiente e a humidade relativa do ar não são favoráveis à disputa  competitiva, pode dificultar  o processo fisiológico de regulação da temperatura corporal, provocando  sérios danos ao organismo do atleta podendo levá-lo até mesmo à morte.

Para evitar os riscos do super aquecimento, deve-se ingerir líquidos regularmente, tanto durante os treinos  quantos nas competições e após as mesmas, seguindo as recomendações dos especialistas.

Autor: Vitor Dias
Fonte: Artigo publicado no Site Atletas.net e retirado do site correrporprazer.com

Matéria super interessante e se encaixa totalmente ao que ocorreu na maratona de São Paulo.

Um excelente final de semana a todos.

#boracorre
#corrameu
#moocarunners


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